Pedro Nuno Santos (PS), esteve em videoconferência com os sócios da ANIR

Esclarecimentos/Comunicações aos Sócios

“É uma honra muito grande estar aqui convosco. A imprensa regional e local permite-nos chegar a muita gente e precisamos de a valorizar muito”

Link de vídeos cortados: https://drive.google.com/drive/folders/1FnGK3lc8iuDuRzgUnIjhIOwi3QD3Ru-w?usp=sharing

 

Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro, aceitou o convite da ANIR para ouvir as nossas propostas e dizer-nos o que pensa da e para a imprensa regional e local. 

A Videoconferência realizada do passado 23 d abril teve a participação de uma centena de jornais

 

O presidente da direção da ANIR, Eduardo Costa, expôs factos que desde Mário Soares e Almeida Santos colocaram o PS como defensor da missão da nossa imprensa de proximidade e expôs as prioridades que a associação elencou, em sequência de audição dos sócios em vários fóruns, nomeadamente no Encontro Nacional em Braga, a 15/16 de março 2025. 

 

 

00:19 - 01:44

“É uma honra muito grande estar aqui convosco. A imprensa regional e local permite-nos chegar a muita gente e precisamos de a valorizar muito (…). Um dos prazeres que tenho quando regresso a São João da Madeira para passar o fim de semana e estar com os meus pais é pegar n’O Regional e no ‘Labor’ e ter notícias da minha terra, a partir dos jornais locais. Esse é um dos prazeres que tenho quando regresso a São João da Madeira e posso ver o jornal da minha terra, com notícias sobre a minha terra que não consigo por mais meio nenhum, porque os formatos digitais e as plataformas são espaços de informação, mas, como sabemos, são também espaços de desinformação. Felizmente, a credibilidade do trabalho que vocês fazem na imprensa local e regional permite-nos ter informação séria e credível para depois podermos fazer a nossa avaliação e saber coisas da nossa terra, das pessoas que conhecemos.”

 

 

04:13 - 05:02

Temos de assegurar condições equitativas para todos os órgãos locais.”

“[Vivemos] um contexto em que, se é difícil os órgãos de comunicação nacionais terem a sua situação económica estabilizada — sabemos a realidade de muitos grandes grupos de comunicação social — portanto, por força de razão, as dificuldades de um órgão de comunicação social local e regional são ainda maiores. Isso, obviamente, aumenta a dependência dos apoios institucionais e da publicidade institucional e, se, de facto, não há regras que garantam a igualdade, isso acaba por criar alguns problemas (…). [Temos de] assegurar condições equitativas para todos os órgãos locais.”

 

 

09:08 - 09:49

“No interior, ‘a imprensa Local e Regional` faz ainda mais falta.”

“Também há falta de imprensa local nos grandes centros urbanos ou nas áreas metropolitanas, porque acaba por haver muita concentração ou enfoque no órgão de comunicação social nacional e depois não há regional em alguns concelhos. Mas também é verdade que é muito pior nas zonas de interior, porque, ainda assim, ainda vemos notícias sobre os grandes centros urbanos, nomeadamente Lisboa e Porto, nos órgãos nacionais. No interior, de facto, faz ainda mais falta.”

 

 

11:02 - 11:55

“Gostava que aproveitássemos este momento para vocês me ajudarem.”

“Gostava que aproveitássemos este momento para vocês me ajudarem, não trabalho na imprensa local e por isso ter gostaria de ouvir-vos sobre como é que se pode ajudar. O apoio que se dá à imprensa local é um apoio a uma democracia saudável, e é muito importante ouvir-vos sobre onde é que as políticas públicas podem ser úteis para ajudar à sustentabilidade dos projetos de imprensa local e regional. Não tenho a menor dúvida da importância que têm para a saúde da nossa democracia, mas será útil para mim — espero vir a ter responsabilidades governativas — aproveitar este momento para ouvir de vocês aquilo que pode verdadeiramente fazer a diferença.”

 

 

49:18 - 50:05

“A imprensa local e regional, no seu formato de papel e no seu formato digital, permite dar mais credibilidade.”

“A mensagem que vos quero deixar é, ponto número um, a consciência clara da centralidade da importância que tem a imprensa local e regional para a nossa democracia. É um direito dos nossos cidadãos terem acesso à informação. Quando há pouco falava da informação credível, estava a dizer que temos acesso, nas redes sociais, a muita informação que não é produzida de forma séria, nem é produzida por órgãos de comunicação social. Por isso, a imprensa local e regional, no seu formato de papel e no seu formato digital, permite dar mais credibilidade à consciência disto.”

 

 

50:32 - 51:55

“O estado tem que assumir a sua responsabilidade no ponto de vista financeiro”

“Há um compromisso que quero assumir convosco, que é perceber o obvio. O Estado tem que assumir a sua responsabilidade do ponto de vista financeiro para contribuir para a sustentabilidade da comunicação social local e regional, e temos que, em conjunto, encontrar as melhores formas. (…) Precisamos de nos sentar com o Eduardo e com outras associações da imprensa local e regional para perceber qual é a melhor forma de fazermos chegar, de forma concriteriosa, com regras e imparcialidade, financiamento público ao funcionamento da imprensa local livre. Porque este é o ponto essencial: conseguirmos que vocês tenham condições financeiras que vos permitam fazer o vosso trabalho sem ter que estar preocupados com um artigo crítico em relação ao Presidente de Câmara que vos vai cortar o apoio ou a publicidade institucional. Isso é que não pode acontecer. Sei que a esmagadora maioria de vocês faz o vosso trabalho, mesmo correndo esse risco, e ainda bem que é assim. Mas se nós conseguirmos garantir condições para que vocês tenham mais liberdade para poder fazer o vosso trabalho, quem ganha, no fim, não são vocês. É o cidadão.”

 

 

52:08 – 53:22

“Disponibilidade total para trabalhar convosco”

“A mensagem é esta: [temos] disponibilidade total para trabalhar convosco, para percebermos os mecanismos mais eficientes de chegar ao apoio. Às vezes, constroem-se apoios sem vos ouvir e depois dá asneira: por exemplo, criamos o apoio, mas o dinheiro chega meses depois. Estamos a falar de pequenos órgãos de comunicação social que se lutam todos os dias para ter tesouraria e se temos um programa, mas o apoio chega daqui a 3, 4 ou 5 meses, não vejo como é que é possível gerir um órgão de comunicação social assim. Como é que não se cometem estes erros? É sentarmo-nos com quem está no terreno e desenharmos programas que funcionem. O que quero fazer é sentar-me convosco e desenhar um programa que possa funcionar, para que vocês possam dizer: ‘Sr. Primeiro-Ministro, Sr. Ministro ou Sr. Secretário de Estado, essa ideia é muito boa, mas não funciona por isto e por isto, para funcionar tem de ser assim’. Por isso, [assumo o] compromisso de vos ouvir e de conseguir uma parte de financiamento garantida pelo Estado, com critérios que garantam imparcialidade.”

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